A cidade de Campinas, em São Paulo, está vivenciando um aumento preocupante em casos de coqueluche, uma infecção respiratória contagiosa, causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Desde janeiro deste ano, 24 casos foram registrados, representando o maior número desde 2019.
Na perspectiva histórica, os números variaram drasticamente nos anos anteriores. Em 2018 registrou-se 54 casos; em 2014 haviam 124; e em 2012, 88 casos. Em vista deste aumento, a prefeitura de Campinas está enfatizando a importância da vacinação a fim de prevenir o agravamento da doença, especialmente em crianças até cinco meses de idade, para quem a coqueluche pode ser fatal.
A coqueluche, também conhecida como Tosse Comprida, é caracterizada por ataques de tosse seca e pode se manifestar em três níveis. No primeiro estágio, os sintomas são similares aos de um resfriado comum. No estágio intermediário, a tosse seca piora e é acompanhada de outros sintomas. Finalmente, o terceiro estágio consiste em uma tosse intensa, chegando ao ponto de comprometer a respiração e provocar vômito ou exaustão extrema.
Segundo a Secretaria de Saúde de Campinas, o índice de vacinação pentavalente ficou em 94,97% em 2020, muito próximo da meta de 95%. Esta vacina protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e o Haemophilus influenzae tipo B, causador da meningite, e é disponibilizada pelo SUS.
Compreender a importância da imunização é essencial e, tendo em vista o recente aumento de casos, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica recomendando a intensificação da vacinação contra a doença em todo o país, além do fortalecimento de ações de vigilância epidemiológica para casos de coqueluche.
É fundamental que todos estejam atualizados sobre a importância da imunização e as formas de prevenir a coqueluche, uma doença perigosamente transmissível, mas largamente evitável com as devidas medidas de precaução e o cumprimento do calendário de vacinação.
