Chamou a atenção de todo o país o recente episódio de contaminação de HIV em pacientes transplantados que levou à denúncia de seis indivíduos ligados ao laboratório PCS Saleme pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
A denúncia, apresentada na última terça-feira (22) pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, inclui sócios e funcionários do PCS Saleme. O laboratório em questão é responsável por realizar exames de sorologia em pacientes transplantados, através de um contrato com a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro.
Entre as acusações, destaca-se o envolvimento dessas seis pessoas na contaminação de pacientes por HIV, em decorrência de transplantes de órgãos associados à emissão de laudos falsos pelo laboratório citado. Além disso, são acusados de associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica. Uma funcionária também foi acusada de falsificação de documento.
Em função da gravidade dos fatos, o Ministério Público encaminhou à Justiça o pedido de prisão preventiva dos envolvidos. O intuito é assegurar o andamento correto das investigações. O processo corre em sigilo judicial, o que limita o compartilhamento de maiores detalhes.
Diante da situação, o governador Cláudio Castro nomeou nesta terça-feira (22) o médico Marcus Vinícius Dias como novo diretor executivo da Fundação Saúde. A nomeação ocorre após o governador aceitar na segunda-feira (21) a renúncia da diretoria anterior.
Para o governador, a nomeação de Marcus Vinícius Dias visa reforçar a transparência e a segurança do decorrer das investigações. Especificamente, referem-se a contaminação pelo vírus HIV de seis pessoas transplantadas no Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro. As contaminações ocorreram após resultados falsos negativos em análises de amostras de sangue de dois doadores, realizadas pelo Laboratório Patologia Clínica Dr Saleme (PCS Saleme).
