A comunidade científica brasileira expressou intensa preocupação com a possível demissão do presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva. Este órgão é crucial para o fomento de ciência, tecnologia e inovação no estado do Rio de Janeiro.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviaram uma carta ao governador do estado, manifestando intensa apreensão sobre os rumores da remoção de Jerson Lima. O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) também expressou desejo pela continuidade do mandato do atual presidente na Faperj.
Além dessas instituições, uma petição pública na internet, que conta com mais de 10 mil assinaturas, pede pela permanência de Jerson Lima no cargo. Entidades sublinharam que a liderança de Jerson Lima é crucial para a promoção da ciência, tecnologia e inovação no estado do Rio de Janeiro.
Justificando sua competência, a comunidade acadêmica ressaltou que a Faperj, sob a gestão de Jerson Lima, é uma das principais agências de fomento do Brasil. Eles apelam ao governador para evitar que a posição na Faperj se torne um cargo de indicação político-partidária, enfatizando que mudanças agora podem impactar a trajetória de sucesso da fundação.
Amílcar Tanuri, professor e pesquisador da UFRJ e um dos signatários da petição, expressou preocupação de que a mudança na liderança possa afetar o curso das pesquisas apoiadas pela fundação. Destacou que a ciência e a tecnologia precisam de suporte constante, indicando que uma parada repentina no financiamento ou uma alteração abrupta na fundação poderia ter consequências graves e duradouras.
Jerson Lima Silva, cuja competência está agora sendo defendida por muitos, é médico, doutor em Biofísica e pesquisador titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membro de prestigiadas Academias de Ciência, ele preside a Faperj desde 2019, tendo atuado anteriormente como Diretor Científico da mesma de 2003 a 2018. O desfecho dessa história ainda é incerto e desperta grande interesse e preocupação no setor científico brasileiro.