A Doença de Crohn, uma síndrome inflamatória crônica do trato intestinal, tem sido debatida largamente após a divulgação do diagnóstico do jornalista Evaristo Costa. Atingindo em sua maioria a parte inferior do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon), essa condição não possui cura, mas permite controle dos sintomas e qualidade de vida através de tratamentos adequados.
Evaristo Costa, afetado pela doença, revelou recentemente que perdeu mais de 22 quilos em três semanas devido à inflamação ocasionada pelo transtorno. Segundo o glossário do Ministério da Saúde, a Doença de Crohn é resultante, em provável suposição, por uma desregulação do sistema imunológico, cuja função primordial é a defesa do organismo.
Sem a possibilidade de cura, a abordagem atual para doença concentra-se em suprimir o processo inflamatório fora de controle, atuando para diminuir a inflamação e assim, controlar os sintomas. Destes, os mais recorrentes segundo o Ministério da Saúde, são diarreia, cólica abdominal, febre alta e, ocasionalmente, sangramento retal. Outros sintomas associados são perda de apetite e perda de peso.
A doença costuma se manifestar lentamente, mas pode ter início de forma súbita. Além dos principais sintomas, dores articulares e lesões na pele são frequentes. Geralmente, a dor abdominal e a diarreia surgem após as refeições. A dor nas articulações, a falta de apetite, perda peso e febre também são comuns. Em alguns casos, lesões na região anal, hemorróidas, fissuras, fístulas e abscessos podem ser considerados sintomas precoces da Doença de Crohn.
Para o diagnóstico são realizados vários exames, incluindo de imagem como raio-x, endoscopias e exames de sangue. O tratamento é realizado em etapas, através de um sistema que mede a atividade da doença com base nos sintomas, como o número de evacuações, ocorrência de dores abdominais e o nível de indisposição geral, dentre outros. Para casos mais leves, o acompanhamento pode ser feito por um clínico. É importante frisar que, embora não haja cura, os efeitos da doença têm controle viável por meio de acompanhamento médico e adesão ao tratamento indicado.