Desde março de 2024, operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) têm apresentado resultados significativos. Com a aplicação de 2.048 operações, o governo federal informou, na sexta-feira (4), que houve uma queda de 96% em comparação com os números de 2022 na abertura de novos garimpos na região. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, foi o responsável por levantar esses dados.
A comprovação da efetividade das operações de combate foi obtida a partir do uso de tecnologia avançada de monitoramento, incluindo o uso de satélites e drones. Entre março e setembro de 2024, a quantidade de novas atividades de garimpo reduziu expressivamente ao comparar com o mesmo período de 2022, caindo de 984 hectares para 37.
A superioridade da ação se confirma ainda mais com o registro de setembro de 2024, que não apresentou nenhum novo garimpo, realçando a efetividade das operações de combate. Para se ter uma noção da redução, em março os números eram de 13 hectares, comparado a 107 hectares em março de 2022. Já em julho, o número diminuiu de 186 hectares (2022) para 2 hectares (2024).
Os impactos destas operações não somente Dirigiram-se à redução das invasões, como também causaram enormes prejuízos às atividades ilícitas. O governo federal estima que até setembro de 2024, os garimpeiros ilegais tiveram perdas superiores a R$ 215 milhões. Diversos itens foram apreendidos e destruídos, totalizando 90 antenas Starlink, 177 embarcações, 73 armas de fogo, 90 mil quilos de cassiterita e 95 mil litros de óleo diesel. Além disso, foram destruídos também 318 acampamentos e presas 114 pessoas.
A extensa operação de combate envolveu uma série de abordagens e missões de fiscalização aérea, resultando em 2.042 autuações, 25 embargos e multas que totalizam R$ 11,4 milhões. Todo esse esforço demonstra a importância de proteger as terras Yanomami e garantir o cumprimento dos direitos indígenas. É uma operação de grande complexidade que visa preservar não apenas a vida humana, mas também a integralidade do nosso ecossistema.
