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Caso Marielle Franco: Ex-PMs Lessa e Élcio enfrentam julgamento nesta quarta-feira

O aguardado julgamento dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, finalmente terá início nesta quarta-feira (30). Os ex-policiais militares (PMs) Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de cometer o crime, serão levados a júri popular.

O julgamento, que será presidido pelo juiz Gustavo Kalil do 4º Tribunal do Júri, foi marcado durante uma reunião especial no Fórum Central do Rio envolvendo representantes do Ministério Público, assistentes de acusação e a defesa dos réus. O juiz Kalil solicitou que apenas as pessoas que participarão efetivamente do júri compareçam ao plenário, com o objetivo de evitar aglomeração e tumulto.

Franco, que foi uma vereadora ativa pelo PSOL, foi brutalmente assassinada em Estácio, Rio de Janeiro, juntamente com o motorista Anderson Gomes. Eles estavam voltando de um encontro de mulheres negras quando seu veículo foi alvo de vários disparos, sugerindo um crime planejado e direcionado. Seu assassinato ganhou atenção internacional e foi considerado um ataque à democracia.

O caso desencadeou uma investigação complexa e cheia de reviravoltas, que finalmente levaram à prisão de Lessa e Queiroz. Este ano, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram presos, acusados de serem os mandantes do crime, assim como o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.

Para o Instituto Marielle Franco, o julgamento é um momento decisivo na busca por justiça. A organização enfatiza a importância desse momento para todos que lutam por justiça, e reitera que o Brasil precisa combater a brutal violência contra mulheres, indivíduos negros, LGBTQIAPN+ e residentes de favelas.

A Anistia Internacional, que acompanha o caso, concorda, afirmando que o julgamento é um importante passo na busca por justiça que teve início há mais de seis anos. Para eles, justiça verdadeira só será alcançada quando todas as autoridades responsáveis pelo crime, assim como aqueles que planejaram, obstaculizaram ou desviaram as investigações, sejam levados à justiça. Quanto ao Brasil, a Anistia Internacional o considera um dos lugares mais perigosos para defensores dos direitos humanos.

A mobilização em torno do julgamento é significativa. No domingo (27), a família de Marielle, composta por sua mãe, pai e filha – Marinete Silva, Antonio Francisco e Luyara Franco, respectivamente – organizou uma missa no Cristo Redentor em seu nome. No dia do julgamento, o Instituto Marielle Franco, a Anistia Internacional e outras organizações pelo Comitê Justiça por Marielle e Anderson realizarão uma manifestação em frente à sede do Tribunal de Justiça do Rio, exigindo justiça e reparação para Marielle e Anderson.

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