Foi uma semana inesquecível para o parataekwondo brasileiro com a chegada de Carol Moura e Silvana Fernandes às manchetes. Carol Moura ostentou a medalha de ouro na categoria de até 65 quilos na Paralimpíada de Paris, porém, a celebração foi ofuscada por um roubo que a levou para o esporte.
Um dia depois de conquistar a medalha, a voz de Moura estava quase inaudível, no entanto, não foi devido às celebrações, mas devido ao apoio incessante a seus colegas competidores. Entre eles estava a paranaense Débora Menezes e a paraibana Silvana Fernandes.
Silvana Fernandes, apesar da performance inovadora que lhe rendeu uma medalha de bronze na categoria até 57 kg, já está com os olhos voltados para os Jogos de Los Angeles. “A gente chega com um objetivo, mas tem que entender que, às vezes, [as coisas] não funcionam como a gente quer. A semifinal foi acirrada, não deu, mas prometi a mim mesma que não sairia sem medalha. Voltei com sangue no olho e consegui o bronze, disse Fernandes.
Carol Moura, apesar da vitória, também teve sua parcela de lutas. Nascida com uma má formação no antebraço direito, ela foi levada ao taekwondo após um assalto que a fez perder um colar que sua tia lhe deu. Comecei como hobby. Tive uma lesão [ligamento do joelho] com três meses de treino, fiquei fora do tatame por um ano. Assim que pude pisar [no chão] de novo, que o médico liberou, já estava de novo no tatame, relembrou Moura.
Ambas as atletas têm mostrado um espírito de luta impressionante, seja dentro ou fora da competição, e suas histórias de superação têm sido fonte de inspiração para muitos. Como as duas já olham para novos desafios – para Carol, é a jornada interminável de autodefesa, e para Silvana, são os Jogos em Los Angeles de 2028 – estamos todos ansiosos para ver o que o futuro reserva para estes incríveis atletas do taekwondo.
