Marcando um marco histórico nas Paralimpíadas de Paris, o atletismo brasileiro tem ido além das expectativas ao conquistar quatro medalhas apenas na manhã deste último sábado. A performance superior é promissora e sugere que o Brasil está trilhando um caminho para a aclamação paralímpica.
Rayane Soares, uma corredora de Maranhão, foi a estrela do dia, ao conquistar o ouro nos 400 metros na classe T13, categoria dedicada a atletas com deficiências visuais. Não apenas isso, mas ela também quebrou o recorde mundial da prova com um tempo de 53s55, um feito que não foi alcançado desde 1995.
Acrescentando às conquistas do dia, o Brasil ainda conseguiu um feito notável nos 200 metros na classe T37, onde os atletas com paralisia cerebral competem. Ricardo Mendonça, do Rio de Janeiro, e Christian Gabriel, de São Paulo, conquistaram a prata e o bronze, respectivamente, com Andrei Vdovin, representando a equipe de atletas paralímpicos neutros, levando para casa o ouro.
A performance vitoriosa do atletismo brasileiro foi ainda mais adornada com a medalha de bronze conquistada por Paulo Henrique dos Reis, do Mato Grosso do Sul, no salto em distância na categoria T13.
No fim da tarde de sexta-feira, o Brasil já havia garantido duas medalhas de prata, uma com Thiago Paulino no arremesso de peso na classe F57 e outra com Zileide Cassiano no salto em distância da classe T20.
Com esses resultados progressivos, o Brasil estabeleceu um novo marco ao conquistar um total de 75 medalhas em Paris, superando suas performances notáveis nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro, 2016, e Tóquio, 2020, onde conquistou 72 medalhas em cada. Esta é, indiscutivelmente, a melhor campanha brasileira em uma edição dos Jogos Paralímpicos, o que demonstra o vigoroso trabalho duro, dedicação e excelente preparação dos atletas e da equipe de treinamento.