O governo brasileiro publicou, recentemente, uma nota condenando a agressão perpetrada por colonos israelenses na vila palestina de Jit, localizada ao norte da Cisjordânia. A invasão ocorreu na quinta-feira, resultando em destruição e perda de vidas.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, o incidente é altamente condenável e urge que o governo em Tel Aviv adote medidas que garantam a proteção da população civil e previnam episódios similares de violência. Ademais, é crucial que os responsáveis sejam devidamente punidos.
A nota do Itamaraty também lamenta a frequência com que tais ataques ocorrem, sendo uma clara consequência da política de ampliação de assentamentos ilegais na região. Apesar dos colonos usarem máscaras para ocultar suas identidades durante o ataque, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu levar os culpados à justiça. Encaro com seriedade os tumultos, disse ele, enfatizando que o combate ao terrorismo é uma questão de competência das forças armadas e de segurança.
No entanto, a violência contra os palestinos na Cisjordânia, território militarmente ocupado por Israel desde 1967, tem aumentado desde o início da guerra na Faixa de Gaza. De fato, os assentamentos ilegais têm sido ampliados desde que Israel invadiu a Cisjordânia, uma prática condenada pelo direito internacional.
Em julho do mesmo ano, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas (ONU) instruiu Israel a desocupar a Cisjordânia o mais rápido possível, uma directiva que foi recebida com resistência por Netanyahu.
Em meio à guerra em Gaza, novos assentamentos foram autorizados em território palestino ocupado. A organização Peace Now identificou no mínimo cinco novos assentamentos ilegais, todos em terras de propriedade privada dos palestinos ou com questões problemáticas de propriedade.
Em 50 anos, Israel ergueu 300 colônias exclusivamente judaicas, todas ilegais, e recompôs drasticamente a demografia da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, com 700 mil colonos judeus israelenses vivendo entre, mas separados, de 3 milhões de palestinos.
Em relação a essa questão dos direitos humanos, os atos de violência em andamento e os assentamentos ilegais na Cisjordânia são vistos com preocupação tanto pelo Brasil, quanto pela comunidade internacional. Se queremos um mundo pacífico, é essencial que ações como estas sejam fortemente condenadas e medidas preventivas e corretivas sejam implementadas de imediato.