O veterano político Michel Barnier, de 73 anos, foi confirmado como o próximo primeiro-ministro da França, numa tentativa de proporcionar estabilidade e unidade ao país que enfrenta uma crise política. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), quase dois meses após o segundo turno das eleições legislativas.
A indicação de Barnier ocorre depois de longas consultas e negociações lideradas pelo presidente Emannuel Macron, que havia rejeitado o nome de Lucie Castets para governar o país. Segundo o Palácio do Eliseu, Michel Barnier reúne as condições necessárias de estabilidade e unidade para liderar a nação neste momento crucial.
Ao ser nomeado, Macron solicitou a Barnier para formar um governo unido ao serviço do país. Este é um importante desafio, dado que o novo primeiro-ministro irá suceder Gabriel Attal, o mais jovem chefe de governo da Quinta República Francesa, que agora dá lugar ao mais velho na posição, Michel Barnier.
Barnier é um político experiente, tendo ocupado vários cargos ministeriais sob o mandato de Nicolas Sarkozy, incluindo Meio Ambiente, Assuntos Europeus, Relações Exteriores e Agricultura. O político de centro-direita, do partido Les Républicains (LR), também ganhou notoriedade internacional por seu papel como negociador-chefe da União Europeia para o Brexit entre 2016 e 2020.
Sua experiência e comprovada capacidade de negociação serão essenciais neste novo cargo, uma vez que o desafio de formar um governo firme e estável, capaz de resistir ao escrutínio parlamentar e de gerir eficaz e eficientemente a crise política atual, é tremendamente grande.
Espera-se que nesta nova empreitada, Barnier aplique a mesma disciplina e habilidade diplomática que demonstrou durante as negociações do Brexit, para reunificar um governo divisivo e liderar a França através desta crise sem precedentes. A nação e o mundo aguardam para ver como o recém-nomeado Primeiro-Ministro irá evoluir e guiar este importante capítulo da história francesa.
