Aumento da influência global dos BRICS e a contribuição do Brasil em meio a novos membros

Desenvolvendo-se como uma alternativa poderosa para países menos desenvolvidos e consolidando a união de nações com diferentes regimes políticos e econômicos, o bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) emergiu com mais peso na geopolítica. No coração dessa ampliação está a 16ª cúpula em Kazan, Rússia, onde foram definidos novos membros como Irã, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia; e identificados 13 possíveis membros associados, incluindo Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria e Indonésia.

Essa diversificação do bloco, na opinião de especialistas consultados, fortalece a presença global dos BRICS e oferece uma plataforma para vozes coletivas que exigem mudança. A professora Maria Elena Rodríguez, coordenadora do grupo de pesquisa de BRICS na PUC do Rio de Janeiro, destaca que a cúpula reafirma a insatisfação do mundo em relação ao sistema atual, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, apoia essa visão.

O professor Fabiano Mielniczuk, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), também aponta a crescente influência do BRICS como uma alternativa à ordem liberal internacional de Bretton Woods, especialmente para os países do Sul Global. Como ele observa, o mundo mudou, e é necessária uma nova ordem, refletida no BRICS.

Durante a cúpula, houve uma tensão notável entre as potências globais, incluindo China e Índia e Armênia e Azerbaijão. Porém, foi no meio deste campo minado político que o Brasil conquistou seu próprio triunfo, garantindo a indicação de mais um mandato para o banco do BRICS.

Para o Brasil, o BRICS serve não apenas como uma plataforma para exercer influência no mundo, mas também como uma oportunidade para contribuir para um novo paradigma global. Com o convite entregue à ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para continuar na liderança do banco do BRICS, o país ganha notoriedade no cenário diplomático global, abrindo novas possibilidades para o avanço do país nas relações exteriores.

No ano que vem, o Brasil assumirá a liderança do bloco BRICS e precisa enfrentar o desafio de gerenciar uma organização global complexa e diversificada. Mas, com a crescente influência do BRICS no mundo e um novo mandato no banco do BRICS, o Brasil está preparado para esse desafio e pronto para avançar no cenário global.

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