Seguindo uma determinação do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Controladoria Geral da União (CGU) está lançando uma auditoria para esclarecer quais foram as responsabilidades envolvidas no recente apagão de energia em São Paulo. Vale lembrar que este apagão atingiu a região metropolitana paulista, deixando muitos lares sem eletricidade.
No momento, a Enel, empresa que fornece energia para a região, ainda não restabeleceu completamente o fornecimento para cerca de 400 mil propriedades. São Paulo tem sofrido os efeitos de tempestades e ventos fortes, o que, segundo a Enel, contribuiu para as dificuldades na recuperação do sistema.
As investigações agora buscam saber se faltou uma fiscalização adequada por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou algum tipo de falha por parte da própria concessionária de energia. Também haverá uma avaliação sobre a possibilidade da companhia de energia ter manipulado de alguma forma o sistema, a fim de ocultar possíveis falhas na gestão.
Além da auditoria, o governo federal, através do secretário da Secretaria Nacional de Direito do Consumidor (Senacon), Wadih Damous, anunciou que a Enel será obrigada a cobrir todos os danos financeiros causados pelo apagão. Isto inclui eventuais prejuízos sofridos pelos consumidores, como a perda de alimentos e danos a eletrodomésticos.
A Enel já tem um histórico de problemas com a distribuição de energia. No ano passado, a empresa foi multada em R$ 13 milhões por um apagão anterior que também deixou milhares de casas sem luz.
Para aqueles que foram afetados, pairam ainda inúmeras dúvidas sobre o que virá a seguir e quando seu fornecimento de energia será totalmente restaurado. A Senacon tem por responsabilidade apresentar um diagnóstico completo sobre o ocorrido, que deverá tornar mais claro o cenário para os consumidores.
Com o lançamento desta auditoria, espera-se que seja possível identificar as causas do apagão e as responsabilidades. O resultado pode trazer mais implicações para a Enel e para a regulação da Aneel sobre o setor elétrico, além de um eventual ressarcimento para os consumidores afetados. A cidade aguarda ansiosamente por respostas e uma resolução.