A questão do assédio sexual no governo está mais uma vez no centro das atenções, desta vez envolvendo o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. Em meio a acusações de assédio sexual supostamente cometidos por ele, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou categoricamente que aqueles que praticam assédio não terão lugar em sua administração.
Apesar disso, Lula assegurou que Almeida tem o direito de apresentar sua defesa e que todas as acusações serão devidamente investigadas. Respeitar a presunção de inocência é um dos pressupostos fundamentais do nosso sistema judicial e Lula ressaltou que o mesmo se aplica a este caso. Polícia Federal, Ministério Público e a Comissão de Ética da Presidência estão entre as entidades que serão encarregadas de conduzir as investigações.
Lula sempre foi um ferrenho defensor dos direitos das mulheres e tem se mostrado comprometido em combater a violência contra mulheres desde o início do seu mandato. Esta questão tornou-se uma prioridade na sua administração e ele tem a intenção de fazer das mulheres uma peça crucial na política nacional.
Entretanto, o seu governo não pode fazer jus à sua retórica de defesa das mulheres, se permitir a continuação de alguém acusado de assédio em uma posição de poder. Lula acredita que é fundamental a possibilidade de erradicação minuciosa e total do comportamento abusivo para alcançar a igualdade de gênero e proteger os direitos humanos.
Lula enfatizou que a estabilidade do governo é de suma importância. Nesse sentido, ele acredita que erros pessoais de indivíduos devem ser tratados de maneira adequada para não prejudicar o bom funcionamento do governo. A economia está crescendo e é essencial manter a paz e a tranquilidade. Assédio não pode e não deve coexistir com a democracia, o respeito aos direitos humanos e, sobretudo, aos subordinados.
No final desta semana, a Comissão de Ética Pública emitiu uma nota anunciando que decidiram por unanimidade iniciar um procedimento preliminar para solicitar esclarecimentos ao ministro. Como resultado, a Polícia Federal confirmou que irão investigar as alegações de suposto assédio sexual.
Os detalhes que cercam as denúncias não foram totalmente esclarecidos, embora seja afirmado que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, possa ser uma das vítimas. Consequentemente, Lula deixou claro que estará em constante diálogo com todos os envolvidos antes de tomar uma decisão final sobre a permanência de Almeida no governo.
Com presunção de inocência até prova em contrário, Lula espera que o caso seja conduzido com total transparência e rigor, em busca de justiça e proteção das vítimas.