Khalil Magdah, destacado líder da ala militar do Fatah, o principal partido palestino, foi assassinado em um ataque alegadamente realizado por Israel em 21 de maio, na cidade de Saida, no sul do Líbano. Este incidente foi relatado por um membro importante do Fatah, bem como uma fonte de segurança libanesa.
Magdah foi um líder vital das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, uma milícia associada ao Fatah. Este é o primeiro evento notável em que um membro associado ao partido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, é morto desde que o fogo cruzado transfronteiriço começou entre as forças israelenses e o Hezbollah, movimento xiita libanês, há cerca de dez meses atrás.
A acusação de que Magdah foi visado especificamente por um ataque israelense em Saida foi feita por Fathi Abu Al-Aradat, membro de alto escalão do Fatah. Uma fonte de segurança libanesa corrobora essa afirmação, dizendo que os israelenses atacaram o carro de Magdah enquanto ele estava perto dos campos palestinos em Saida, a principal cidade do sul do Líbano. Uma reportagem da agência de notícias AFP detalha um carro em chamas, de onde as equipes de emergência médica retiraram um corpo.
Confirmou-se que alvo do ataque era Khalil Magdah. Mounir Maqdah, líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e irmão de Khalil Magdah, declarou publicamente que seu irmão era um oficial sênior da ala militar do Fatah e membro das brigadas.
Os membros do Fatah e da Autoridade Palestina estão expressando consternação e fúria por este evento. Um membro do comitê central do Fatah em Ramallah, sede da Autoridade Palestina na Cisjordânia, condenou o assassinato de Khalil Magdah como mais uma prova de que Israel quer incendiar a região e mergulhá-la em uma guerra total.
Neste cenário altamente carregado, a violência continua a afligir a região, particularmente na Faixa de Gaza. Apesar da alegada participação do movimento xiita libanês Hezbollah e de seus aliados, inclusive o grupo islâmico palestino Hamas, na autoria de ataques contra Israel a partir do sul do Líbano, o Fatah tem se afastado desse ciclo de violência. O exército de Israel tem, entretanto, retaliado com ofensivas dentro do território libanês, mirando, especialmente, os líderes do Hezbollah. Aguarda-se o desdobramento desta situação. Além disso, permanece a ser visto como a comunidade internacional responderá a esses desenvolvimentos.
