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Alunos brasileiros têm pensamento crítico, mas falta criatividade, diz estudo

Estudantes brasileiros têm pensamento crítico, mas precisam desenvolver outras competências, como criatividade e liderança. O dado é de um estudo feito com 80 mil alunos de 878 escolas privadas em diferentes regiões do Brasil. 

O levantamento inédito, feito pela Arco Educação em parceria com a Beyond Education, revela que competências como mentalidade de crescimento (80%) e colaboração (44% no nível avançado) apresentam resultados positivos, mas habilidades como criatividade (9% estão no nível iniciante ou abaixo) e liderança (44% em nível inicial) ainda precisam de atenção.  

Competências por região

As análises enviadas à CNN mostram que escolas da região sudeste lideram em colaboração, enquanto os estudantes do nordeste se destacam em resiliência e ética. Além disso, o norte apresentou maior crescimento em criatividade. 

Resultados por gênero

Segundo o levantamento, meninas apresentam melhor desempenho em ética e colaboração. Por outro lado, meninos despontam em criatividade e mentalidade de crescimento. 

Confira os destaques do estudo:

  • Mentalidade de crescimento: reconhecida em 80% das avaliações como uma área de maior desenvolvimento; 
  • Pensamento crítico e colaboração: registraram os maiores índices de proficiência, reforçando a importância de uma abordagem interdisciplinar;
  • Em pensamento crítico, 30% dos estudantes atingiram o nível “avançado” ou “expert” do estudo (níveis 3 ou 4);
  • Quando o assunto é colaboração, 44% dos estudantes atingiram níveis avançados, enquanto apenas 9% permaneceram no nível iniciante. 

Competências a serem aprimoradas, segundo a pesquisa:

  • Metacognição, criatividade e liderança foram apontadas como áreas que demandam maior atenção pedagógica;
  • Em criatividade (dimensão “habilidades”), somente 13% dos estudantes atingiram os níveis mais altos (3 ou 4), enquanto 49% estão no nível “iniciante” ou abaixo;
  • Em liderança (dimensão “caráter”), apenas 12% alcançaram os níveis “avançado” ou “expert”, e 44% permanecem nos níveis iniciais. 

Metodologia

A metodologia utilizada foi baseada em testes no modelo de quatro dimensões do Centro de Redesenho Curricular (CRC), calibrados por faixa etária e ajustados por indicadores como idade, série e gênero. 

A amostragem incluiu estudantes de 10 a 21 anos, distribuídos entre o ensino fundamental e médio, com análises regionais e de gênero para maior profundidade. 

Censo: 1 em cada 5 jovens de 18 a 24 anos não concluiu o ensino médio

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