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Alterando a Narrativa sobre o Suicídio: O Chamado para Menos Estigma, Mais Diálogo

No mês de setembro, que tem como destaque o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio uniram forças para realçar um aspecto preocupante – o suicídio é a quarta principal causa de morte entre as pessoas de 15 a 29 anos, culminando em mais de setecentas mil vidas perdidas anualmente em todo o mundo.

Essa união de organizações tem como objetivo central mudar a narrativa em torno do suicídio. Este objetivo importante se refere à necessidade de romper com a cultura de silêncio e estigma associada à saúde mental e ao suicídio, promovendo em seu lugar o diálogo, a compreensão e o apoio. É necessário reconhecer que o suicídio decorre de consequências sociais, emocionais e econômicas que causam tensões duradouras em indivíduos e suas comunidades.

No entanto, o estigma atrelado ao suicídio frequentemente impede o diálogo, resultando em uma falta de compreensão e isolamento. Esta campanha direcionada e consciente busca desmantelar esse estigma, enfatizando que uma conversa, não importa quão breve possa ser, tem o potencial de criar uma onda de solidariedade e compreensão.

Relacionado a isso, a campanha tem como destaque a necessidade de priorizar tanto a prevenção do suicídio quanto a promoção da saúde mental nas políticas públicas. Ações governamentais precisam abordar o contexto mais amplo de saúde mental, reconhecer a necessidade de acesso ao tratamento e fornecer apoio àqueles que necessitam.

Vale mencionar que reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Para enfrentar esses desafios, é necessário tratar os motivos que levam uma pessoa a considerar o suicídio – incluindo fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, eventos estressantes na vida e a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos.

No Brasil, o Setembro Amarelo é uma campanha que também busca combater o estigma em torno da saúde mental. A campanha deste ano é um convite para buscar ajuda sempre que necessário. O suicídio, um problema de saúde pública, é responsável por cerca de 14 mil mortes por ano no Brasil, o que significa que, em média, 38 pessoas tiram a própria vida a cada dia.

Lidar com o suicídio não é tarefa fácil, especialmente por conta de fatores de vulnerabilidade como transtornos mentais, identidade LGBT, precariedade financeira ou social e violência. É de suma importância que sejamos capazes de conversar abertamente sobre o suicídio, sem o medo ou o tabu que o envolve.+

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