Em um desenvolvimento chocante sobre o Concurso Nacional Unificado (CNU), a Justiça Federal suspendeu a revelação dos resultados das provas do bloco 4 que ocorreram em agosto. Esta decisão adia o anúncio programado para o dia 8 deste mês, mantendo os candidatos em suspenso até uma resolução final sobre o caso. Importante ressaltar que esta interrupção não altera o cronograma dos outros blocos.
A sentença, proferida pelo juízo da 14ª Vara Cível do Distrito Federal, se originou de uma ação popular relacionada a alegações de vazamento das provas. As provas em questão, que abordavam temas de Trabalho e Saúde do Trabalhador, supostamente foram comprometidas em uma escola de ensino médio em Recife.
O incidente ocorreu quando, de acordo com os registros do processo, os supervisores de prova inadvertidamente abriram um pacote lacrado contendo as provas da tarde durante o turno da manhã. Depois de distribuir erroneamente as provas, os candidatos preencheram seus dados de identificação e começaram a responder as questões antes do erro ser identificado e as provas recolhidas.
Na sua decisão, a juíza Lucineia Tofolo, da 14ª Vara Federal Cível, interpretou este ocorrido como um ‘vazamento das provas’, justificando a necessidade de suspender a divulgação dos resultados. Ela ponderou que a falha não se limitava à violação do envelope com as questões, mas se estendia ao vazamento do conteúdo das próprias questões – um ato que é visto como prejudicial à isonomia entre os candidatos e contaminador do concurso.
A defesa do concurso, estão nas mãos da Advocacia-Geral da União (AGU), que já anunciou que irá recorrer da decisão. Entretanto, o Ministério da Gestão esclareceu que ainda não foi notificado da decisão da Justiça do Distrito Federal, mas assegurou que o governo está empenhado em garantir a regularidade do exame.
Este incidente com o CNU sublinha a importância da integridade no condução dos concursos nacionais e ressalta a necessidade de rigor no manuseio e distribuição das provas.
