A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, apresentou no parlamento no dia 12 um planos consistente de combate à imigração irregular. No contexto de ataques de caráter islâmico de Mannheim e Solingen, cidades do oeste da Alemanha, e a ascensão da extrema-direita no país, o plano vem como uma resposta firme do governo para manter a segurança dos cidadãos.
O plano é detalhado e se baseia em uma série de medidas de segurança para proteger os requerentes de asilo. Por exemplo, a proposta inclui a revogação da proteção do Estado para requerentes de asilo que saiam de férias para o país de origem. Também é previsto o fim do reconhecimento governamental a requerentes de asilo que sejam condenados por crimes graves.
O objetivo também é acelerar a expulsão de requerentes de asilo cuja entrada inicial foi registrada em outro país da União Europeia, seguindo a Convenção de Dublin. Segundo a proposta de Faeser, esses migrantes só teriam direito a atendimento social por 15 dias no país, após o que receberiam somente serviços básicos, variáveis de acordo com a permanência no país.
A oposição, formada pela União Democrata-Cristã (CDU) e pela União Social-Cristã da Baviera (CSU), afirmou que as intenções de expulsar esses refugiados são boas, mas ainda insuficientes. O representante Fir, defende a proibição total da entrada de imigrantes ilegais no país.
A ministra da Alemanha confirmou também que estuda a possibilidade de rejeições massivas de imigrantes irregulares. Porém, um ponto de tensão ocorreu em recente reunião do governo, oposição e Estados federados onde não conseguiram chegar a um acordo sobre as medidas a serem aplicadas.
O plano é também a proposta de endurecer as regras relativas a armas para aumentar a segurança pública. Com isso, o governo alemão de Olaf Scholz busca a proibição do porte de facas em lugares públicos ou regiões com alta criminalidade. Vale lembrar que esta é uma resposta a ataques recentes, como o que resultou na morte de um policial por um imigrante afegão e um ataque com faca que vitimou três pessoas.
Este plano se configura como uma tentativa do governo alemão de proteger seus cidadãos e manter a ordem interna diante do complexo desafio da imigração.