Uma nova era pode estar começando para a indústria aeroespacial do Brasil com o anúncio da proposta de fundação da Alada – uma empresa de propriedade estatal com a missão de garantir a autossuficiência do país em materiais aeronáuticos, espaciais e bélicos.
A ideia de criar esta nova entidade veio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já foi encaminhada para aprovação no Congresso Nacional. A Alada, como braço da NAV Brasil, a empresa estatal de serviços de navegação aérea, terá a importante responsabilidade de executar projetos e atividades para apoiar o controle do espaço aéreo.
O plano, conforme detalhado no projeto de lei, inclui a exploração econômica da infraestrutura e navegação aeroespaciais e das atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos e equipamentos aeroespaciais. Além disso, a Alada terá como objetivo reduzir a dependência do Brasil de fornecedores internacionais, especialmente no que concerne a materiais que envolvem tecnologias sensíveis e que sofrem restrições para a exportação, devido a critérios políticos estabelecidos pelos governos de seus fabricantes.
A iniciativa da Alada está em completo alinhamento com a Estratégia Nacional de Defesa e cumpre diversos critérios de segurança nacional ao apoiar o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. O Ministério da Defesa vê a Alada como uma contribuição significativa para a segurança do país, em particular a do espaço aéreo, além de promover o desenvolvimento econômico e social da sociedade.
Essa proposta representa um salto importante para a soeberania do Brasil no setor aeroespacial e a navegação aérea, além de colocar o país em um caminho mais independente tecnologicamente. Ao garantir que a infraestrutura aeroespacial seja gerida de maneira eficiente e segura, a Alada impulsionará o crescimento da economia brasileira e garantirá a segurança do espaço aéreo do país ao mesmo tempo.