O Rio Grande do Sul, por meio de sua Secretaria de Saúde, encontra-se em um estado de alerta epidemiológico relacionado à doença Mpox, após confirmação de cinco casos no corrente ano. Importante frisar que, nenhum destes casos confirmados origina-se da nova variante africana, que foi uma das causas de uma emergência global.
Conforme nota divulgada pela secretaria, a doença Mpox é de notificação compulsória e imediata. Isso implica que possíveis suspeitas da doença devem ser registradas no sistema do Ministério da Saúde em até 24 horas. Essa prática facilita e agiliza a detecção, o monitoramento e a resposta à doença.
O diagnóstico laboratorial é feito através da detecção molecular do vírus, usando a reação em cadeia da polimerase em tempo real. No que se refere à coleta do material para diagnóstico, a recomendação é o recolhimento de material vesicular e de crostas, se disponíveis. Ao contrário, sugere-se a coleta de um swab de orofaringe, nasofaringe, e perianal e genital.
A confirmação dos casos pode ser feita por meio de exames conduzidos por laboratórios privados e surge como uma alternativa a mais na luta contra a doença. Contudo, para isto, os laboratórios precisam estar em conformidade com as determinações da diretoria colegiada da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A referida secretaria ainda reforça que todas as amostras com resultados detectáveis identificadas em laboratórios privados devem ser, obrigatoriamente, encaminhadas para o laboratório central do estado (Lacen-RS). Esta medida visa fins de vigilância genômica e monitoramento do panorama do vírus na região.
Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde aproximou-se desta questão iniciando a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença. Estão em processo de negociação a aquisição emergencial de 25 mil doses contra Mpox junto à Organização Pan-Americana de Saúde.
A situação demanda sobretudo vigilância e monitoramento. A vacinação está sendo discutida, porém, neste momento, ela deveria ser aplicada de maneira muito seletiva, focada em públicos-alvos muito específicos.
Vale lembrar que atualmente o Brasil se encontra no Nível 1, o menos alarmante, em termos da nova emergência global instalada pela OMS, apresentando um cenário de normalidade para Mpox e sem registro de casos da nova variante. Todavia, mesmo com a normalidade, todo cuidado é necessário para prevenção e combate ao Mpox.