No domingo (18), o vulcão Shiveluch, localizado na costa leste da Rússia, entrou em erupção, seguindo um terremoto poderoso de magnitude 7,0 que sacudiu o Pacífico no sábado. O epicentro ocorreu cerca de 100 quilômetros a leste da capital regional, Petropavlovsk-Kamchatsky.
O Shiveluch é um dos vulcões mais ativos da Rússia, notório por expelir grandes nuvens de cinzas na atmosfera, representando assim um perigo para a circulação de aviões. Na sequência deste evento geológico, a coluna de cinzas alcançou uma altura impressionante de 8 quilômetros. Adicionadamente, rajadas de lava foram relatadas pelo Instituto de Vulcanologia e Sismologia da Filial do Extremo Oriente da Academia da Rússia de Ciências, conforme mencionado por agência russa TASS.
Localizado na Península de Kamchatka, a junção dos arcos das ilhas Kuril-Kamchatka e Aleutas, Shiveluch é um dos maiores e mais ativos vulcões da região, com uma altura de 3.283 metros. Aproximadamente a 50 km da vila de Klyuchi, no distrito de Ust-Kamchatsky, e a cerca de 450 km da capital regional Petropavlovsk-Kamchatsky, este vulcão é uma fonte de constante atenção e monitorização.
Na noite de sábado anterior à erupção, o Serviço Geológico dos Estados Unidos reportou um terremoto ocorrido a 29 km abaixo da superfície do Oceano Pacífico, na zona leste da Rússia. Não foram relatados danos ou baixas devido ao tremor, porém edifícios na região estão sob exame para eventuais danos, com ênfase em instalações sociais. Este poderoso terremoto serviu como prelúdio para a atividade vulcânica subsequente.
A Península de Kamchatka, onde o vulcão Shiveluch está localizado, faz parte do Anel de Fogo, uma área sismicamente ativa que abrange o Oceano Pacífico e é conhecida por terremotos frequentes e por abrigar mais de duas dúzias de vulcões ativos. Ainda mais significante é o fato de a região ser a base de uma importante base submarina russa.
Na sequência desses eventos, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, lançou um alerta de tsunami, que foi posteriormente suspenso. A atividade geológica intensa na região reforça a necessidade de cuidadosa monitorização e preparação para a gestão de desastres naturais, de maneira a garantir a segurança da população e infraestrutura locais.
