Das cidades de Vassouras e Barra do Piraí, na região centro-sul do Estado do Rio, mais especificamente da região conhecida como Vale do Café (que preserva antigas igrejas, estradas e fazendas dos barões do café – capítulo da história do Império do Brasil), o Rio de Janeiro se destaca como a sede da 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA). A partir de sábado (17), o evento contará com a participação de 300 estudantes e 130 professores de 53 países diferentes. É uma celebração em nome da ciência com especial foco em astronomia e astrofísica.
Este encontro de prestígio é organizado pelo Observatório Nacional, uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A observação da IOAA ocorrerá até o dia 27 deste mês, e incorporará um tema central de extrema relevância: sustentabilidade. Isto reflete o compromisso da organização e do país com a busca pelo desenvolvimento sustentável, e denota um exemplo a ser seguido em iniciativas e encontros semelhantes.
A astrônoma e coordenadora do Comitê Brasileiro de Astronomia e Astrofísica, Josina Nascimento, ressalta que a Olimpíada é muito mais do que uma competição, mas um momento de união em torno da paixão comum pela Astronomia e pelo nosso planeta Terra. Este evento representa uma oportunidade única de inspirar a juventude e reforçar o compromisso do Brasil com a educação e a inovação.
Diversidade cultural, foco na sustentabilidade e a promoção da igualdade de gênero são as principais marcas do evento. A inclusão de meninas nas equipas brasileiras tem sido uma política adoptada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) nos últimos oito anos e Josina espera que, a partir de 2025, esta obrigatoriedade se estenda a todas as equipas internacionais.
No contexto da Olimpíada, será realizada uma competição de pôsteres em que cada equipe apresentará as ações de seu país em relação à sustentabilidade, fazendo ainda referência aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
O evento irá promover o conhecimento científico entre os jovens, incentivando a reflexão sobre o papel da ciência na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo. Com o grande desempenho do Brasil nas últimas olimpíadas de astronomia, grandes esperanças de conquista de medalhas estão depositadas na equipe de 2024, composta por Francisco Carluccio de Andrade, Gustavo Mesquita França, Heitor Borim Szabo, Lucas Cavalcante Menezes e Natália Rosa Vinhae.
Desde a sua concepção na Tailândia em 2006, a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica é um evento anual que busca fomentar a amizade entre jovens astrônomos a nível internacional, a fim de promover a cooperação nesses campos de estudo. Com a sua realização no Brasil, a IOAA se consolida como um evento científico de porte internacional que leva o país a ser reconhecido pelo fortalecimento da educação, inovação e ciência.