A tecnologia de reconhecimento facial está ganhando espaço na segurança pública no Rio de Janeiro, onde já auxiliou na realização de 300 prisões em menos de um ano de operação. Curiosamente, 50% destas prisões estão relacionadas a mandados pendentes por falta de pagamento da pensão alimentícia. O sistema de reconhecimento facial provou ser uma ferramenta efetiva na aplicação da lei e na detenção de suspeitos.
Além das prisões relacionadas à inadimplência de pensão alimentícia, a tecnologia auxiliou na prisão de indivíduos por roubo (55), homicídio (12), feminicídio (3), tráfico de drogas (25), violência doméstica (4), furto (15) e estupro (4), entre outros tipos de crime. O sistema está operando com 136 câmeras estrategicamente equipadas com um software de reconhecimento facial na orla da cidade e em outros pontos chaves, como a Rodoviária do Rio.
O funcionamento do sistema é simples, mas eficiente. As imagens capturadas pelas câmeras são analisadas e, caso seja identificado um rosto que corresponda a um foragido da justiça, um alerta é enviado para uma central de monitoramento. Operadores verificam as informações e, se corroboradas, a polícia é acionada para checar a identidade da pessoa e realizar a prisão, se necessário.
Este é um processo cuidadosamente regulado para garantir que não haja constrangimentos desnecessários aos cidadãos. “Os nossos policiais seguem um protocolo operacional padrão (POP) muito rígido para evitar situações de constrangimentos. Mas os cidadãos devem compreender que a abordagem, feita de forma padronizada, não é demérito para ninguém. Estamos atuando em defesa da segurança de todos”, afirmou o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.
As prisões realizadas com o auxílio do sistema de reconhecimento facial representam um aumento de 10% no total de mandados de prisão cumpridos entre janeiro e meados de agosto deste ano no estado. Esta tecnologia tem demonstrado ser uma grande aliada na luta contra a criminalidade, trazendo avanços significativos para a segurança pública no Rio de Janeiro.