América Latina deve sofrer menos com guerra comercial de Trump, diz Ceal

A América Latina pode sofrer menos impactos com a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, segundo o empresário Ingo Plöger, presidente do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).

Em análise sobre o cenário econômico global, Plöger destaca que países com cadeias produtivas mais longas tendem a resistir melhor às turbulências do mercado internacional.

A análise foi durante participação no WW Especial, com William Waack, que debateu as dificuldades históricas da América Latina, que enfrenta uma série de problemas estruturais ao longo dos anos.

De acordo com Plöger, que também é vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), nações com estruturas produtivas mais complexas, como Estados Unidos, China e Brasil, têm uma relação entre exportação e importação dividida pelo Produto Interno Bruto (PIB) que não ultrapassa 25%. Isso ocorre, segundo ele, não por serem economias fechadas, mas devido à extensão de suas cadeias produtivas.

Plöger argumenta que os países mais afetados pela guerra comercial serão aqueles com cadeias produtivas mais curtas, como União Europeia, Japão e Coreia do Sul. “Quem está sofrendo mais com esses impactos não é quem tem a cadeia produtiva longa, é quem tem a cadeia produtiva curtíssima”, afirma.

Na América Latina, o especialista destaca o Brasil, em conjunto com Argentina, Paraguai e Uruguai, além do México, como economias com cadeias produtivas mais longas. Essa característica, segundo o empresário, pode proporcionar uma resistência mais consistente aos impactos da guerra comercial no longo prazo.

Desafios e oportunidades para o Brasil

Apesar do cenário potencialmente favorável, Plöger ressalta que o Brasil enfrenta desafios internos significativos. O país precisa trabalhar intensamente em sua competitividade e produtividade para aproveitar as oportunidades que surgem neste contexto global.

O presidente do Ceal aponta que o agronegócio brasileiro e a transformação energética para uma bioeconomia são setores com boas perspectivas. No entanto, alerta para a necessidade de atenção especial à indústria. “Na industrialização, se a gente não trabalhar intensamente, a gente vai para o último lugar”.

Plöger conclui enfatizando a importância de o Brasil identificar e priorizar as oportunidades que surgem neste cenário de mudanças globais. “Se nós não fizermos isso, vamos ficar para trás”, adverte o empresário, ressaltando a urgência de ações estratégicas para o desenvolvimento econômico do país.

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