O histórico programa brasileiro, A Voz do Brasil, completa 89 anos. As transmissões estão enraizadas na rotina de muitas comunidades por todo o país, como a Mumbaça FM (104,9), uma rádio comunitária no quilombo Mumbaça, Traipú (AL).
Iniciando às 19h ao som de O Guarani, de Carlos Gomes, o programa é uma ponte valiosa de informações para essas populações. Após a transmissão, a rádio toca o Hino à Negritude às 20h, outra música marcante para a comunidade quilombola. Manoel Oliveira, um agricultor e administrador da associação de moradores, expressa a importância de A Voz do Brasil para se manter informado sobre eventos nos ministérios, Congresso e Justiça.
O programa mantém sua transmissão obrigatória no país, com horário flexibilizado para atender a diversidade do público ouvinte. Professores e pesquisadores em Comunicação destacam o valioso papel desempenhado pelo programa na divulgação de questões de interesse público e no empoderamento cidadão.
José Alex Borges Mendes, liderança da comunidade quilombola Armada, em Canguçu (RS), ressalta o rádio como um veículo que alcança todos, principalmente em comunidades onde o hábito de leitura é menos prevalente. Para ele, A Voz do Brasil é essencial para entender os programas sociais e leis em vigor no país.
O rádio continua sendo um veículo estratégico para o país, especialmente em áreas rurais e em casos de emergência. A professora Nélia Del Bianco aponta que a audiência de rádio ainda é significativa, com 45% dos ouvintes buscando notícias.
Figuras públicas, como a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, relata a relação de seu pai com o programa A Voz do Brasil e como ele se conectava com as notícias nacionais através dele. Seguindo o exemplo, muitos brasileiros continuam nessa prática.
Em resumo, o programa mantém sua relevância ao longo dos anos, fornecendo informações relevantes e servindo de vínculo com o cenário nacional para comunidades em todo o Brasil. O seu papel é essencial para manter a cidadania informada e integrada num contexto mais amplo.