Indicadores do Brasil são positivos, e ataque do mercado é especulação, diz Rui Costa

Questionado sobre os ruídos entre o governo federal e o mercado financeiro sobre o pacote de ajuste fiscal, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apontou na noite desta quinta-feira (5) que a economia brasileira vai bem, e que a tensão do mercado não passaria de especulação.

“Existe uma economia real, uma vida real acontecendo que não guarda qualquer relação com o que [agentes financeiros dizem]”, avaliou Costa após o seminário “A Realidade Brasileira e os Desafios do Partido dos Trabalhadores”, organizado pelo próprio PT em Brasília (DF).

A expectativa do governo é de economizar R$ 70 bilhões com as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Dentre elas estão incluídas propostas de reajuste no abono salarial, adequação de emendas ao limite do arcabouço fiscal e reformas nos benefícios cedidos a militares.

Além de o mercado ter as apontado como insuficientes para estabilizar a dívida pública, a avaliação é de que o governo errou ao anunciar uma medida de renúncia fiscal – a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil – em paralelo ao pacote de contenção.

O chefe da Casa Civil ressaltou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre. A alta de 0,9% ante os três meses anteriores e de 4% na comparação anual teve impulso dos investimentos, representados pela expansão de 2,1% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) frente ao trimestre anterior. Desse modo, a expectativa apontada pelo petista é de que a economia encerre o ano em alta de 3,5%.

Além deste indicador, Costa saudou os resultados de empregos em alta e de pobreza em queda no país.

“Todos os parâmetros são positivos. Então, por que tamanho ataque especulativo? Não estamos reclamando, estamos constatando para promover a reflexão do povo brasileiro”, indagou o ministro.

Sobre o que seria a motivação por trás da tensão dos agentes, Costa aponta para o cenário internacional.

“Ansiedade sobre a economia americana. O que acontece no Brasil é um reflexo da crise internacional, do que vai ser o governo novo dos Estados Unidos”, enfatizou.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tem sinalizado a adoção de uma política fortemente protecionista em 2025. Baseadas em aumento da carga de tarifas de importação, suas medidas visam fortalecer internamente a economia norte-americana.

Recentemento, Trump ameaçou os países do Brics com taxações de 100% caso os membros do grupo busquem a adoção de uma moeda alternativa ao dólar.

Entenda por que os juros caem nos EUA e sobem no Brasil

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