A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou o vencedor do concurso para o projeto do Centro Cultural Rio-África, situado próximo ao Cais do Valongo, na emblemática região da Pequena África. O projeto vitorioso, concebido por Marcus Vinicius Damon Martins De Souza Rodrigues, do Estúdio Modulo De Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, foi escolhido entre 36 inscritos de todo Brasil.
O concurso, uma iniciativa conjunta entre a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), dirigiu-se a arquitetos negros brasileiros e africanos de língua portuguesa. O objetivo era encontrar a proposta técnica mais inovadora para a concepção do Centro Cultural, que será totalmente dedicado à ancestralidade e à diáspora africana.
Martins, ao desenvolver seu projeto, declarou que enfatizou o tema da ancestralidade africana, incorporando várias referências africanas ao longo do projeto. Como as Espadas de São Jorge na entrada do Centro Cultural e a fachada que remete às tramas africanas, destacou. O Centro Cultural Rio-África, empregará exposições, mostras e programas educativos para proporcionar ao público uma visível compreensão sensível e crítica da história e da cultura afro-brasileira.
A premiação total para os três primeiros colocados é de R$ 105 mil, dos quais R$ 60 mil foram atribuídos ao projeto vencedor, que será contratado para o desenvolvimento completo do projeto. Yago Feitosa, Coordenador de Promoção da Igualdade Racial, explicou que o centro cultural vai além de se concentrar no passado e na herança, mas também tem a visão no futuro, ao proporcionar oportunidades para o surgimento de novos talentos.
O Centro Rio-África é um espaço expositivo de apresentações artísticas para desenvolver talentos negros. A África civilizou o Brasil. Isso é o mais importante que temos para dizer com relação à criação do centro cultural, declarou Feitosa. Este projeto representa um marco significativo na promoção e preservação da rica herança cultural africana no Brasil.