Em um grande avanço para a cultura afro-brasileira, o Estúdio Módulo de Arquitetura e Urbanismo, comandado pelo renomado arquiteto Marcus Vinicius Damon Martins De Souza Rodrigues, logrou vitória no prestigioso concurso para o emblemático Centro Cultural Rio-África. A participação do estúdio resultou em um design inovador que será erigido na Pequena África, área do porto do Rio de Janeiro, perto do Cais do Valongo.
Este concurso, organizado conjuntamente pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), viu numerosas inscrições provenientes de arquitetos de todos os cantos do país. Foi especialmente aberto para arquitetos negros brasileiros e de países africanos de língua portuguesa. O objetivo era trazer à luz a melhor solução técnica e criativa para o desenvolvimento do Centro Cultural.
O trabalho vencedor, de autoria de Damon, destaca-se pelo seu foco na ancestralidade africana. A influência da herança africana é evidente em detalhes sutis presentes em todo o projeto como as espadas de São Jorge na entrada e a fachada que evoca tramas africanas. Trata-se de um design que celebra e, simultaneamente, transcende a cultura africana, apresentando uma visão holística da ancestralidade afro-diaspórica.
O novo Centro Cultural Rio-África se propõe a ser mais do que apenas um edifício. Pretende ser um farol de história e cultura, proporcionando um olhar sensível e crítico sobre o passado, presente e futuro da comunidade afro-diaspórica. Isso será alcançado através de uma variedade de exposições, apresentações e programas educativos atraentes.
Yago Feitosa, Coordenador de Promoção da Igualdade Racial, destacou que o centro cultural não apenas homenageará o passado, mas também servirá como uma incubadora de talentos emergentes. Com a implementação do Centro Cultural, a Pequena África no Rio de Janeiro transforma-se em um epicentro de poder, potencial e criatividade afro-brasileiros. Em suas próprias palavras, “O Centro Rio-África é um espaço expositivo de apresentações artísticas para desenvolver talentos negros. A África civilizou o Brasil.”
A construção desse centro cultural marca uma etapa crucial para a valorização da cultura afro-brasileira, proporcionando um espaço para o aprendizado, expressão e celebração da herança afro-diaspórica no Brasil.
