Estamos celebrando os 120 anos de Lourenço da Fonseca Barbosa, popularmente conhecido como Capiba, uma figura incontestável na composição do frevo brasileiro. Para homenagear o icônico compositor, a Rádio MEC criou um especial apresentando suas canções mais marcantes, incluindo Trombone de Prata, Valsa Verde, Minha Ciranda, Um Pernambucano no Rio, A valsa de Paris e A mesma rosa amarela.
Nascido em 28 de outubro de 1904, em Surubim, Pernambuco, a paixão de Capiba pela música foi instigada desde cedo pela sua família. Aos oito anos, já mostrava interesse pela área, executando melodias na trompa e mais tarde aprendendo piano para acompanhar filmes mudos em cinemas. A música sempre interligada à sua jornada, refletindo em seu futuro como um dos maiores compositores de frevo do Brasil.
Em 1934, já morando em Recife, Capiba conquistou o Brasil ao vencer uma disputa carnavalesca com a composição É de Amargar. Esse marco permitiu que ele firmasse sua presença no cenário musical de Pernambuco e ao longo dos anos 40 alcançasse sucesso nacional com a valsa-canção Maria Betânia, interpretada por Nelson Gonçalves.
Ao dar vida a mais de 200 canções, sendo mais de 100 delas frevos, Capiba provou sua versatilidade artística ao explorar diversos gêneros como samba, maracatu, guarânia e até música clássica. Suas contribuições tornaram-se imprescindíveis para a cultura musical pernambucana e são entoadas até hoje nos blocos de carnaval de Recife e Olinda.
No auge de sua carreira, em 1967, Capiba foi laureado no Segundo Festival Internacional da Canção com São os do Norte que Vêm, protagonizando um momento de grande prestígio em sua trajetória.
Apesar de sua morte em 31 de dezembro de 1997 aos 93 anos, o legado de Capiba vive e ressoa por toda a cultura pernambucana e brasileira. Sua inovadora e significativa contribuição para o frevo e para a música popular brasileira confirma seu lugar como um dos maiores nomes da música brasileira.