By Mais de seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, uma etapa crucial se aproxima. Marcado para a próxima quarta-feira, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz serão finalmente julgados. A sessão foi agendada pelo juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do Júri no Fórum Central do Rio, que solicitou que apenas os participantes diretamente envolvidos no júri comparecessem à sessão, para evitar aglomerações e confusões.
Marcado por reviravoltas e investigações complexas, o Caso Marielle colocou em foco o gravíssimo problema da violência política no Brasil. Em 14 de março de 2018, após um encontro de mulheres negras na Lapa, um crime chocou nosso país e repercutiu internacionalmente. A vereadora pelo PSOL, Marielle Franco, foi brutalmente assassinada a tiros junto ao seu motorista, Anderson Gomes. A desconfiança de motivações políticas atrás do crime provocou uma onda de protestos exigindo justiça.
Apesar das tensões, o andamento das investigações tem malgrado ser elusivo. Pouco mais de seis anos e muitas reviravoltas após o crime, finalmente chegou-se aos acusados: os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Posteriormente, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão também foram presos como possíveis mandantes, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. No entanto, o processo que envolve estes supostos mandantes ainda está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por sua vez, o Instituto Marielle Franco classifica este próximo julgamento como um momento decisivo. Eles e organizações parceiras, como a Anistia Internacional, realizarão um ato em memória de Marielle e Anderson ao amanhecer do dia do julgamento. A família de Marielle também participará. A luta no país continua, e a esperança é de que este julgamento resulte na justiça tão esperada pelo triste caso de Marielle e Anderson.
