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Juízo Final do Caso Marielle: Ex-policiais Lessa e Élcio aguardam júri popular

O julgamento de um dos casos mais emblemáticos da política brasileira do século XXI está chegando. Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, os ex-policiais militares acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, finalmente enfrentarão um júri popular na quarta-feira próxima, mais de seis anos após o crime.

Na noite de 14 de março de 2018, Marielle Franco estava voltando de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando seu carro foi alvejado por vários disparos, matando-a e ao seu motorista, Anderson Gomes. Uma assessora da vereadora também foi ferida por estilhaços. O crime atraiu atenção internacional, sendo considerado um ataque à democracia e desencadeou uma investigação complexa que envolveu várias instâncias policiais.

Depois de muitas reviravoltas, os ex-PMs Lessa e Queiroz foram presos como os alegados executores do crime. Posteriormente, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, que são acusados de serem os mandantes do crime, foram presos, bem como o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa. O julgamento desses supostos mandantes acontecerá no Supremo Tribunal Federal (STF).

Toda a narrativa desse caso judicial sensacional adquiriu uma importância ainda maior a partir de sua contextualização. Marielle Franco, que era vereadora pelo PSOL, tornou-se um símbolo para muitos no Brasil e internacionalmente, representando as lutas por justiça social, direitos das mulheres, população negra, LGBTQIAPN+, e as comunidades marginalizadas.

O Instituto Marielle Franco considera o julgamento um momento decisivo e acredita que a justiça finalmente começará a ser feita. Por sua vez, a Anistia Internacional afirma que o julgamento é um passo crucial na busca pela justiça, mas alerta que justiça completa somente será feita quando todos os responsáveis, inclusive pelo planejamento, também forem levados à justiça.

No dia do julgamento, haverá manifestações pela memória de Marielle e Anderson, organizadas pelo Instituto Marielle Franco, Anistia Internacional e outras organizações parceiras. A família de Marielle estará presente. O acontecimento vai muito além de um julgamento: é um chamado à justiça, uma argumentação contra a impunidade, uma declaração de que as vidas de Marielle Franco e Anderson Gomes, e de tantos outros que lutam por justiça e direitos no Brasil, importam.

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