A inflação brasileira tem a tendência de encerrar o ano dentro do limite de 4,5%, conforme informou recentemente o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar de recentes repiques, Haddad ressaltou, durante uma entrevista em Washington, que a presente alta nos índices é um repique de curto prazo, influenciado pelo câmbio e pela seca, e não devido ao aquecimento da economia.
Esta previsão descreve a economia do país em um contexto onde a volatilidade cambial e as condições climáticas têm exercido uma influência significativa. Embora os núcleos [de inflação] tenham registrado uma variação superior à esperada, a inflação provavelmente se manterá dentro da meta. Na minha visão, essa alta tem mais a ver com o câmbio e a seca do que qualquer grande impulso nos preços , explicou Haddad.
Vale destacar que núcleos de inflação excluem os preços mais instáveis, como alimentos in natura e energia. A análise desses núcleos nos proporciona uma visão mais consistente da tendência da inflação, impulsionada menos por fatores voláteis e mais por fatores estruturais e subjacentes na economia.
Haddad, que compareceu às reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20 em Washington, comentou sobre esta previsão após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), alcançou 0,54% em outubro, impulsionado pela bandeira vermelha nível 2 nas tarifas de energia elétrica e altos preços nos alimentos.
Com enormes responsabilidades econômicas, Haddad fez reuniões também com a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P Global) e apresentou projeções de médio e longo prazo para a economia brasileira.
Em um panorama geral, a inflação brasileira e seus contribuintes são uma preocupação importante para o ministro da Fazenda e para todo o governo, mas as perspectivas atuais são encorajadoras, e a inflação para o final do ano é esperada para permanecer dentro da meta estabelecida.
