Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, suspeito no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, estará prestando depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira. O depoimento, prestado virtualmente, se iniciará às 13h, de dentro do presídio federal de Mossoró, Rio Grande do Norte, onde Rivaldo está detido.
O julgamento da morte da vereadora, ocorrida em 2018 no Rio de Janeiro, entra numa fase crucial nesta semana, com todos os envolvidos no caso prestando depoimentos. Nesta quarta-feira foi a vez de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), enquanto na segunda-feira foi ouvido o deputado federal Chiquinho Brazão. Ambos negaram conhecer o ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o autor dos disparos contra Marielle.
Rivaldo Barbosa e os irmãos Brazão, além do major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa. Estão todos detidos sob determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF.
A Polícia Federal, após realizações de investigações, sugere uma relação entre o assassinato de Marielle e o posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político dos irmãos Brazão. Este grupo tem conexões com disputas fundiárias em áreas dominadas por milícias no Rio. Contudo, as defesas dos réus negam todas as acusações levantadas. Nesta semana, os depoimentos colhidos pelo STF serão determinantes para o avanço do caso.