Uma mudança dramática ocorreu este sábado no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Por volta das seis horas da manhã, as forças da Polícia Militar e da Polícia Federal asseguraram-se de que todos os manifestantes que estavam ocupando o prédio foram evacuados, facilitando a entrada da nova direção na unidade de saúde.
O secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, relatou que a operação foi rápida e pacífica. Logo após a desocupação, a nova equipe, composta por cerca de 40 pessoas, realizou uma visita completa a todas as áreas do hospital. O foco principal estava em verificar a situação dos quase 200 pacientes internados, incluindo sete na unidade de terapia intensiva (UTI) e vários na emergência.
No entanto, a remoção não foi totalmente pacífica. Não muito depois, um grupo de servidores de saúde se manifestou na entrada do HFB, obrigando o Batalhão de Choque da Polícia Militar a agir. Alguns manifestantes resistiram à desocupação, resultando no uso de spray de pimenta e força física por parte da polícia.
Os manifestantes, compreendendo servidores do hospital e de outras unidades de saúde, protestaram contra a decisão do Ministério da Saúde de transferir a gestão do HFB para a estatal federal, Grupo Conceição. A ação ocorreu após vários dias de ocupação das instalações do hospital, com os protestos impedindo a nova administração de assumir.
Com a nova gestão agora no controlo, espera-se que os problemas persistentes de gestão ineficiente que tem minado o HFB serão prontamente resolvidos. Plataformas para o futuro abrangem planos para abrir mais de 200 leitos, aumentar a capacidade da unidade de tratamento intensivo e reiniciar os serviços de emergência que permaneceram fechados desde 2020.
Atualmente, apesar do hospital ter a capacidade de oferecer uma variedade de serviços, incluindo tratamentos cardiológicos, nefrológicos e endoscópicos, ele está operando com apenas um pouco menos de 50% de sua capacidade total. É uma situação que a nova líder Elaine Lopez se comprometeu a mudar.
Em outras etapas para tratar imediatamente das questões problemáticas, o Grupo Conceição abriu um edital de contratação emergencial para 2.2 mil profissionais de saúde e irá realizar um levantamento para a aquisição de equipamentos necessários. É bastante claro que a nova gestão tem uma ideia clara da quantidade de trabalho necessário e, conforme eles começam atender a essas necessidades, o tempo dirá se a controvérsia atual se acalma e o futuro parece mais brilhante para o Hospital Federal de Bonsucesso.