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Perspectiva de Progresso: Anticorpo Monoclonal Promete Combater o Vírus Sincicial em Recém-Nascidos

A preocupação persistente com o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um dos principais responsáveis por infecções respiratórias em recém-nascidos e nos primeiros meses de vida, vem causando um aumento no número de hospitalizações no Brasil. O cenário preocupante tem levado especialistas e autoridades de saúde a buscarem soluções efetivas para a redução desses números e a proteção das novas gerações.

O cenário tem se agravado desde 2023, quando o Brasil começou a registrar aumento nas hospitalizações ocasionadas pelo Vírus Sincicial Respiratório. Embora o VSR tenha maior incidência nos meses de outono e inverno, o aumento dos casos fora de época é motivo de grande preocupação. Além disso, a transmissão deste vírus para recém-nascidos e bebês pequenos por irmãos em idade escolar é uma realidade que tem contribuído para a disseminação deste problema de saúde pública.

Dada a atual pandemia de Covid-19, houve uma diminuição significativa na carga do VSR, com a reabertura, no entanto, o número de reinfecções cresceu, mostrando a necessidade constante de novas estratégias para combater esta doença e proteger os mais vulneráveis.

De acordo com a infectologista e virologista Nancy Bellei, uma estratégia promissora é o uso do anticorpo monoclonal nirsevimabe. Em formato injetável e administrado em dose única, este medicamento foi especialmente desenvolvido para a proteção de recém-nascidos e bebês com até 12 meses de idade. Já autorizado pela ANVISA, espera-se que o medicamento chegue ao Brasil em breve.

A indicação, num primeiro momento, é que esta substância seja administrada no início da primeira temporada de VSR do bebê, ou seja, durante os primeiros meses de vida. Apesar disso, há uma corrente de profissionais da saúde que defende a disponibilidade desse medicamento ao longo do ano todo, devido à intermitência do VSR.

A importância dessa proteção é reforçada pelo comportamento cultural no Brasil, onde é comum a realização de festas e visitas para conhecer o recém-nascido, situação que aumenta os riscos de contaminação. A imunização passiva do recém-nascido e a conscientização das famílias quanto aos riscos se apresentam como a melhor estratégia preventiva contra a doença.

A imunização passiva oferecida pelo anticorpo monoclonal se diferencia da imunização ativa de uma vacina, porque já oferece ao paciente a defesa que ele necessita, dispensando a necessidade de reação do organismo para produzir anticorpos. Além disso, causa menos reações adversas do que as vacinas convencionais. Este é um grande passo na luta contra o VSR e um exemplo do quanto a ciência pode contribuir para proteger nossas gerações futuras.

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