Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, embarcará para Nova York, EUA, este fim de semana para participar da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ávidos olhos internacionais estarão voltados para Lula quando ele subir ao palco nesta terça-feira, dia 24, abrindo o evento, conforme a tradição que nacionaliza o Brasil como o primeiro país a discursar desde a 10ª sessão da cúpula.
Seu discurso se concentrará em descobertas audaciosas para desafios globais urgentes: fome e crise climática. Isso foi antecipado pelo embaixador Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que destacou os temas prioritários para o Brasil neste evento.
“Podemos esperar que eles [temas] sigam um pouco a agenda que o Brasil propôs para o G20, ou seja, que falem de inclusão, combate à fome, transição energética e reforma da governança global”, afirmou Cozendey.
A Assembleia Geral das Nações Unidas é uma plataforma global importante, composta por 193 estados membros, cada um com direito a voto. Para o Brasil, o início do Debate Geral oferece uma oportunidade de destacar tanto as prioridades domésticas quanto internacionais, estabelecendo assim as bases para um diálogo construtivo com outras nações.
Este evento é presidido pelo embaixador Philémon Yang, de Camarões, que conduzirá os trabalhos da Assembleia até setembro de 2025. A participação abundante de líderes globais cria uma oportunidade distinta para fortalecer as relações internacionais, proporcionando um espaço para a troca de ideias e debates.
Antes de sua fala na Assembleia, Lula também participará da Cúpula do Futuro, que ocorrerá no domingo, dias antes da reunião da Assembleia da ONU. Ele será o segundo a discursar no encontro de dois dias voltado a debater formas de enfrentar as crises emergentes de segurança, acelerar a realização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e discutir as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.
Espera-se que a Cúpula do Futuro resulte no Pacto para o Futuro, um documento que consolida a cooperação global e estabelece compromissos para uma adaptação melhor e mais eficaz aos desafios atuais e futuros. Este Pacto para o Futuro visa garantir um multilateralismo renovado e eficaz, preparando o terreno para as gerações futuras enfrentarem os enormes desafios que a humanidade apresenta atualmente.