No último domingo, 1º de agosto, a Starlink, empresa de internet via satélite controlada pelo visionário Elon Musk, anunciou uma guinada em sua postura diante das ações do poder judiciário brasileiro, mais especificamente do Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa garante agora que vai acatar a ordem de bloquear integralmente a rede social X em território brasileiro.
Essa ordem partiu do STF, que decidiu pela suspensão da plataforma no país. Destaca-se que a Starlink faz parte do mesmo grupo empresarial que detém controle da rede social X, também sob propriedade de Musk, fundador do antigo Twitter e que recentemente tem enfrentado uma batalha legal com a justiça brasileira.
Em comunicado oficial, a Starlink esclareceu a direção da empresa em sintonia com a justiça brasileira, mesmo após a confirmação pública de que não seguiria a ordem de bloqueio no domingo, 1º de agosto. A reviravolta aconteceu na terça-feira, 3 de agosto, quando a empresa, através de um comunicado oficial, resolveu acatar a determinação do Supremo.
Na nota, a Starlink declara que acatará a ordem, a despeito do congelamento ilegal de seus ativos, conforme alegam os representantes da empresa. Em resposta a essas atitudes consideradas hostis, a empresa americana deu início a um processo legal na Suprema Corte dos Estados Unidos para contestar a suposta ilegalidade das ações do judiciário brasileiro, que culminaram no congelamento de seus bens financeiros e bloqueio de transações financeiras.
No Brasil, a empresa também foi impactada pelas decisões do ministro Alexandre de Moraes, devido ao seu vínculo com a rede social X. Como esta última não possui representação comercial no Brasil, Moraes, visando assegurar o pagamento de multas decorrentes do descumprimento de decisões anteriores, bloqueou as contas da Starlink.
Assim se desenrola a saga da empresa de Elon Musk no país, marcada pelo enfrentamento das estruturas judiciais. Quais serão os próximos capítulos dessa história de choque entre o empresariado inovador e a justiça? Só o tempo dirá. Enquanto isso, os usuários da rede social X terão que conviver com o bloqueio da plataforma.