Durante um evento na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez importantes pronunciamentos sobre a inflação. Ele expressou sua discordância com a crença predominante de que a inflação pode ser controlada apenas por meio do aumento da taxa de juros e da restrição ao crédito. Ao invés disto, ele defende que existem outras maneiras de manter os preços sob controle.
Uma das soluções propostas pelo Marinho é a ampliação da produção. Ele acredita que o Banco Central deve entender que existem outras abordagens eficazes para o combate à inflação além da restrição de crédito e aumento de juros. O ministro argumenta que a inflação também pode ser controlada aumentando a oferta de produção e a capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do país.
Ele relembra que durante os governos Lula 1 e 2, a inflação foi mantida sob controle com estímulo à maior produção, sugerindo assim que é possível reproduzir essa estratégia bem-sucedida. De acordo com ele, o setor produtivo brasileiro ainda oferece espaço para crescer, não tendo atingido sua totalidade de capacidade instalada.
Segundo o ministro Marinho, se a produção atingir 100% de ocupação, o setor produtivo deve planejar novos investimentos. Isto poderia combater a inflação sem necessitar recorrer ao aumento de juros ou restrição de crédito.
O ministro Marinho também divulgou notícias otimistas sobre a geração de empregos, ao adiantar que os dados de julho indicarão resultados positivos. Ele comparou que nos sete primeiros meses deste ano, mais empregos foram gerados na indústria do que no ano passado inteiro.
Por fim, Marinho comentou sobre o déficit fiscal zero, expressando sua opinião de que o compromisso fiscal zero deveria ter um plano de ação estendido a mais anos, em vez de ser executado em apenas 12 meses. Ele alerta que a execução apressada deste compromisso pode resultar na falta de orçamento para diversas áreas.
