Em um esforço conjunto para aliviar a situação dos moradores de rua, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) anuncia o início da implementação de um programa inovador chamado Programa Pontos de Apoio da Rua (PAR). A organização civil Rede Rua, fundada em 1989, executará as ações do programa em São Paulo, tendo sido selecionada como a melhor entre quatro classificadas em uma parceria estabelecida no edital lançado em fevereiro deste ano. De um total de 14 propostas avaliadas, a Rede Rua saiu na frente e receberá R$ 1,5 milhão para implementar as estruturas necessárias na cidade.
O PAR surge como parte da política emergencial voltada para a população que vive nas ruas, anunciada em dezembro do ano passado. O objetivo principal do programa é fomentar serviços públicos que fornecem cuidado e higiene pessoal para essas pessoas, além de fornecer informações sobre cuidados básicos de saúde e auxiliar o público em situação de rua a compreender e garantir seus direitos civis estabelecidos na política nacional.
A implementação progressiva do programa irá envolver cidades com mais de 500 mil habitantes, começando pela cidade de São Paulo. O projeto do Pontos de Apoio da Rua prevê a criação de espaços acessíveis que oferecerão serviços como lavanderia, banheiros, bebedouros e bagageiros, a fim de promover a cidadania dos moradores de rua. A intenção é fazer com que esses espaços sirvam como pontos de apoio reais que auxiliem a população desabrigada a lidar com os desafios diários de sua situação.
Além disso, o PAR prevê a possibilidade de expansão do programa, envolvendo outros candidatos classificados na seleção pública. Esse fato enfatiza a intenção do governo de ampliar estas ações, buscando garantir a dignidade e a inclusão social desta população muitas vezes esquecida. O anúncio do programa Pontos de Apoio da Rua, portanto, não é apenas um passo importante, mas também um lembrete da necessidade de estratégias inclusivas e sustentáveis para lidar com a questão dos sem-teto em nossas cidades.