O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, tiveram destaque na recente inauguração de uma inovadora fábrica de polipeptídeo sintético, localizada em Hortolândia, São Paulo. Esta instalação é voltada para a produção de medicamentos dedicados ao tratamento de diabetes e obesidade, preenchendo uma lacuna importante na produção doméstica de remédios críticos.
A fábrica, operada pela renomada farmacêutica EMS, vai produzir a liraglutida sintética, bem como a semaglutida, esta última constando como o insumo para o medicamento Ozempic. O registro desses produtos já foi submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação, com o processo de liraglutida dito estar na ‘fila prioritária’.
Com um investimento total de R$ 60 milhões, a inauguração desta fábrica constitui um marco histórico para o setor farmacêutico brasileiro e para as iniciativas do governo federal em desenvolver o Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A ministra Nísia reconheceu esta grande conquista para os pacientes de diabetes no Brasil e destacou a união dos esforços do setor privado e das políticas públicas do governo federal.
Lula, ao falar durante a cerimônia, caracterizou o momento como ‘auspicioso’ para a saúde no Brasil e reafirmou a necessidade do Estado impulsionar o setor farmacêutico nacional.
A inauguração desta fábrica está de acordo com as diretrizes da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Prevista para gerar um investimento total de R$ 57,4 bilhões até 2026, a estratégia tem o objetivo de expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e, ao mesmo tempo, reduzir a dependência do Brasil em relação a insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos estrangeiros. Foi identificado que o diabetes é, indubitavelmente, um dos principais desafios de saúde a serem enfrentados pela nação e, portanto, esta fábrica desempenha um papel indispensável na luta contra essa doença.
