Em evento recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levantou a questão de uma possível revisão na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2024. Haddad expressou a probabilidade de mais uma revisão da previsão do PIB para este ano, aumentando as discussões sobre as condições econômicas do Brasil no futuro.
O Brasil não deve crescer abaixo da média mundial. Penso que o país pode mirar uma taxa de crescimento média acima de 2,5%, sem nenhum risco de desequilíbrios importantes afirmou o ministro, mostrando-se otimista sobre os rumos da economia brasileira.
Essas afirmativas foram feitas durante o Itaú BBA Macrovision, um dos mais tradicionais eventos do mercado financeiro, realizado em São Paulo. Durante o evento, Haddad também discutiu sobre a capacidade do país de manter a inflação dentro da banda de tolerância da meta, mesmo em meio a desafios como a crise hídrica e o desastre no Rio Grande do Sul.
Outro ponto importante destacado pelo ministro foi a possibilidade do Brasil alcançar o grau de investimento pela Moody’s até 2026. Essa perspectiva surge após a agência de classificação de risco elevar o rating do Brasil de Ba2 para Ba1. No entanto, Haddad também alertou sobre a necessidade de acertar as políticas econômicas para garantir a manutenção desse avanço.
O ministro também falou sobre a reforma do Imposto de Renda. Contudo, ele não acredita ser possível enviá-la ao Congresso Nacional ainda neste ano, destacando que a reforma precisa ser neutra para não acarretar riscos fiscais.
Além das questões econômicas, Haddad também manifestou sua preocupação com a ascensão do conservadorismo e do discurso anticientífico tanto no Brasil, quanto em um cenário global. Segundo o ministro, essa tendência não contribui para um bom futuro, defendendo que a prosperidade do país só será conquistada com foco na ciência, na democracia e na valorização das liberdades.
Fazendo um balanço, é visível que os desafios existem, mas a postura do Ministro Haddad é de otimismo e foco na busca pelas soluções para os rumos na economia brasileira, garantindo um crescimento sustentável e inclusivo. Conclui dizendo, Eu penso que desenhar boas instituições é o segredo para que o desempenho econômico seja mais satisfatório. E obviamente, a ciência tem que fazer parte desse projeto. Nunca vi nenhum país ir para frente negando as evidências científicas ou negando as recomendações da ciência.