De acordo com recentes pesquisas, a maneira como utilizamos a internet pode ter um grande efeito sobre nossa saúde mental. Casos de dependência na internet têm crescido e estão associados ao aumento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Uma pesquisa realizada com estudantes na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) mostrou que 51% dos estudantes apresentavam algum nível de dependência da internet, com 12,5% desses apresentando ideação suicida.
Apesar dos possíveis riscos, a internet, se bem utilizada, também pode ser uma importante ferramenta de prestação de ajuda e prevenção ao suicídio. De acordo com a psicóloga Karen Scavacini, o uso da tecnologia pode ter um efeito positivo ou negativo na saúde mental, dependendo da vulnerabilidade das pessoas e das situações pelas quais elas estão passando. Segundo ela, muitos jovens estão buscando informações sobre saúde mental na internet para superar o preconceito e o estigma em torno da questão, e a internet está se provando um recurso vital para fornecer essas informações.
Apesar dos riscos evidentes, é importante lembrar que a internet traz muitos benefícios e veio para ficar. No entanto, como qualquer outra coisa, o uso excessivo da internet pode se tornar prejudicial. Portanto, é preciso conscientização sobre o uso moderado e responsável da internet.
A dependência da internet, assim como transtornos mentais como a depressão e a ansiedade, pode ser tratada com psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos. Além disso, as universidades estão realizando iniciativas para apoiar a saúde mental dos estudantes, que muitas vezes enfrentam pressões acadêmicas e emocionais substanciais. Essas iniciativas, muitas vezes apoiadas por ferramentas baseadas na internet, são um exemplo da maneira como a internet pode ser usada como um recurso positivo.
Durante todo o mês de setembro, a campanha Setembro Amarelo visa aumentar a conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. As escolas desempenham um papel fundamental nesta campanha, e todos somos encorajados a falar abertamente sobre saúde mental para combater os estigmas que muitas vezes impedem as pessoas de buscar ajuda. Aqueles que estão lutando podem procurar ajuda em centros de Atenção Psicossocial (CAPs), unidades básicas de saúde, ou no Centro de Valorização da Vida (CVV) que atende pelo telefone 188 ou pela internet.