O ex-jogador de futebol Robinho teve o julgamento do seu habeas corpus suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em uma decisão tomada nesta última sexta-feira (13). O julgamento, até agora sem previsão de retorno, foi paralisado após um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.
Robinho, que foi condenado por estupro na Itália e está atualmente detido em São Paulo, apresentou o pedido de habeas corpus com o objetivo de anular a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que validou a sentença italiana e determinou sua imediata prisão. Pela Justiça italiana, ele foi condenado a uma pena de nove anos de prisão devido ao seu envolvimento em um caso de estupro ocorrido em uma boate de Milão, em 2013.
Até a suspensão do julgamento, o único voto proferido foi do ministro relator Luiz Fux, que não viu nenhuma irregularidade na decisão do STJ que resultou na prisão de Robinho. Conforme o voto do ministro, O STJ, no exercício de sua competência constitucional, deu cumprimento à Constituição e às leis brasileiras, aos acordos firmados pelo Brasil em matéria de cooperação internacional. O ministro Fux destacou que Robinho foi devidamente assistido por um advogado de sua confiança durante todo o processo e foi condenado definitivamente à pena de nove anos de prisão por estupro.
Atualmente, o ex-jogador encontra-se detido no complexo penitenciário de Tremembé, popularmente conhecido como a penitenciária dos famosos. O caso de Robinho tem gerado grandes repercussões tanto no âmbito jurídico quanto no público, com a sociedade acompanhando de perto cada novo desdobramento do caso. A suspensão do julgamento pelo STF só traz mais holofotes para essa situação delicada e complexa, cujo desfecho ainda permanece incerto.