O Afeganistão, que estava relativamente em paz, foi sacudido recentemente por um ataque violento que deixou 14 mortos e feriu outros seis. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ato, embora não tenha apresentado qualquer prova conclusiva para respaldar a afirmação. O incidente ocorreu na província de Daykundi, uma região majoritariamente xiita e uma das mais seguras do país que agora se encontram abaladas por esse episódio violento.
A administração do Talibã, que controla a região, se pronunciou sobre o ocorrido nesta sexta-feira (13). Em comunicado, o porta-voz Zabihullah Mujahid, expressou sua simpatia para com as vítimas inocentes e prometeu justiça. Enquanto compartilhamos nossa profunda tristeza com as vítimas inocentes do incidente, também estamos fazendo sérios esforços para procurar os perpetradores corruptos desse ato e levá-los à Justiça, mencionou ele em sua declaração.
Esse ataque pode ser um sinal de uma contínua insurgência do Estado Islâmico-Khurasan, um braço local do Estado Islâmico com sede no Oriente Médio, em território afegão contra o Talibã. Os dois grupos têm uma relação de hostilidade e disputam poder na região. Apesar do Talibã afirmar que tem o grupo rival sob controle, alegando ter esmagado a sua influência, o Estado Islâmico ainda realiza ataques esporádicos que desafiam as suas afirmativas.
A situação realça a crise de segurança no Afeganistão, um país que tem lutado para manter a paz e a estabilidade na região. O problema não é apenas a violência, mas também a crescente tensão sectária entre os diversos grupos muçulmanos presentes no país.
Este incidente nos impele a questionar a eficácia das estratégias de combate ao terror e estabilidade empregadas pelo Talibã e levanta questões sobre a verdadeira extensão da ameaça que o Estado Islâmico representa para o Afeganistão.
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