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Brazucas Receosos: 90% Alegam que Redes Sociais não Protegem Crianças e Adolescentes

Em uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Alana, destacou-se um preocupante resultado: nove em cada dez brasileiros acreditam que as empresas de redes sociais não estão fazendo o suficiente para proteger as crianças e adolescentes na internet. Essa percepção definitivamente lança uma luz sobre a necessidade urgente de uma maior intervenção e medidas preventivas nas grandes plataformas das redes sociais.

Para a pesquisa, o Instituto Alana entrevistou 2.009 pessoas, todas com 16 anos ou mais e de diversas classes sociais. Essas entrevistas ocorreram entre os dias 12 e 18 de julho. A pesquisa revelou que 97% dos entrevistados acreditam que as empresas precisam implementar uma série de medidas de segurança, tais como: comprovação da identidade dos usuários, melhor atendimento e suporte para denúncias, proibição de publicidade e vendas direcionadas às crianças, retirada da reprodução automática de vídeos, e limitação do tempo de uso dos serviços.

Resultados tão expressivos demonstram claramente a preocupação difusa sobre a negligência das corporações em cumprir o seu dever constitucional de proteção às crianças e adolescentes no ambiente digital. Maria Mello, co-líder do Eixo Digital e coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, destaca que o impacto negativo do descaso dessas empresas pode comprometer o desenvolvimento adequado desses jovens.

Além disso, a pesquisa também mostrou que oito em dez brasileiros acreditam que a legislação brasileira sobre a proteção de menores é menos rigorosa em relação a de outros países. Quando perguntados sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sete em cada dez acreditam que esta tem sido ineficaz no combate à publicidade infantil.

A perceção geral na sociedade brasileira, segundo a pesquisa, é de que as redes sociais têm impacto significativo sobre a segurança, a saúde e o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Grande parte dos entrevistados concorda que as redes sociais estão contribuindo para o vício em tecnologia, a dificuldade de defenderem-se de conteúdos violentos e inadequados e para o aumento do consumismo impulsivo de crianças e adolescentes.

Este é um alerta para todos os stakeholdes envolvidos – desde o governo que deve aumentar a efetividade das leis existentes, até as empresas de redes sociais que devem proporcionar um ambiente online mais seguro e saudável para os nossos jovens. As crianças e adolescentes de hoje formarão a sociedade de amanhã, e a proteção deles nas redes sociais é um dever de todos nós.

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