O estado de São Paulo se encontra sob um alerta de risco elevado para incêndios, de acordo com a Defesa Civil, que prorrogou o aviso até o próximo sábado (14). Este alerta tem estado vigente ininterruptamente desde o início do mês de setembro. No entanto, é importante destacar que o litoral paulista é a única localidade do estado que, conforme os últimos alertas, não apresenta um grande risco para incêndios florestais.
As estatísticas divulgadas pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) do estado indicam que as temperaturas podem alcançar marcas preocupantes, atingindo 39 graus Celsius (°C), e a umidade relativa do ar (URA) pode cair para 20% em algumas regiões. Esses fatores climáticos têm causado danos principalmente às lavouras de cana de açúcar no centro e no norte do estado.
Nos dias seguintes, São Paulo enfrentará um clima seco e estável, sem previsão de chuvas, o que provavelmente levará ao aumento gradual das temperaturas. Além do calor, espera-se que essas condições propiciem um ambiente abafado em todo o território paulista.
Comunidades em Osasco e na parte sul da capital já registraram incêndios nos últimos dias, com confirmação de 13 casas destruídas, embora felizmente nenhuma vítima tenha sido reportada.
Além disso, estão sendo feitas previsões específicas para diversas regiões de São Paulo. Em São José do Rio Preto e Araçatuba, as temperaturas devem alcançar os 38 °C, com URA abaixo dos 20%. Em Presidente Prudente e Marília, as temperaturas podem chegar a 39 °C, com URA abaixo dos 25%. Em áreas como Campinas, Sorocaba, Araraquara e Bauru, as temperaturas máximas podem chegar a 34 °C, com URA igualmente abaixo dos 25%. Nas regiões de Franca, Barretos e Ribeirão Preto, que têm registrado o maior número de queimadas desde a segunda metade de agosto, as temperaturas máximas podem chegar a 36°C, com umidade abaixo de 25%.
Diante disso, a Defesa Civil e a Secretaria de Saúde estão recomendando medidas de precaução que incluem hidratação constante, uso de soro nos olhos e nariz, proteção contra os raios solares e a evitação de atividades físicas ao ar livre nos períodos mais críticos do dia. Nas áreas onde as queimadas estão acontecendo, sugere-se também o uso de máscaras como N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas em ambientes abertos. Essas recomendações são voltadas principalmente para grupos de risco, como crianças menores de 5 anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e idosos.
A situação é grave, pois nesta terça-feira (10), o CGE contabiliza dez focos de incêndio em todo o território paulista. Enquanto isso, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) relata que a qualidade do ar tem sido classificada como “muito ruim” e “ruim” em várias estações devido às altas concentrações de partículas inaláveis finas, provenientes da poeira, fuligem e fumaça relacionadas a propagação de incêndios. Em resposta, a Cetesb decidiu suspender temporariamente todas as autorizações de queima no estado.