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Lula confirma Autoridade Climática Nacional em visita ao Amazonas

Durante uma viagem ao Amazonas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a ideia de estabelecer uma Autoridade Climática Nacional. A ideia é que este órgão atue de frente contra a onda crescente de eventos climáticos extremos. A confirmação veio durante um encontro em Manaus com dezenas de prefeitos do estado da Amazônia, que novamente enfrenta a devastação da estiagem. Dos 62 municípios do estado, 61 solicitaram resposta de emergência federal por causa da seca.

De acordo com Lula, um novo plano nacional para a luta contra calamidades climáticas causadas pelas mudanças climáticas será implementado. Nosso objetivo é construir a plataforma necessária para ampliar e acelerar as políticas públicas, começando pelo Plano Nacional para Combater Riscos Climáticos Extremos. Precisamos focar em nos adaptar e nos preparar para enfrentar esses fenômenos. Para isso, pretendemos estabelecer uma Autoridade Climática e um Comitê Técnico-Científico que ofereça suporte e coordene a implementação desse plano pelo governo federal.

Além de prefeitos, a reunião contou com a presença do governador Wilson Lima, parlamentares e diversos ministros do governo. A Autoridade Climática, que funcionaria como uma agência federal com suas próprias verbas e funcionários, é uma ideia que vem desde a eleição de Lula em 2022 e foi discutida durante a transição de governo. A ideia, porém, ainda não saiu do papel. Os recentes desastres ambientais no Rio Grande do Sul e, agora, na Amazônia voltaram a colocar a iniciativa em pauta.

Neste momento, estamos vivendo uma combinação nefasta de alguns fatores que, quando combinados, estão criando esta situação. O primeiro é o problema das mudanças climáticas, que está alterando os padrões de precipitação, secas e inundações. Por sua vez, temos o problema do desmatamento e das queimadas, que estão agravando ainda mais a situação, ressaltou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Lula e sua comitiva de ministros visitaram várias áreas do Amazonas impactadas pela seca. Em cada local, o presidente se reuniu com as pessoas para discutir suas preocupações e necessidades, em meio a uma das piores secas em décadas que interrompeu a navegação fluvial e limitou o acesso a bens essenciais.

Foram anunciadas várias medidas de combate à seca, incluindo a distribuição de 150 purificadores de água portáteis e o início de quatro obras de dragagem nos rios Amazonas e Solimões. Adicionalmente, o presidente Lula assinou um decreto para a criação do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Federal, para monitorar o controle e combate a incêndios florestais.

Por fim, foi anunciada a antecipação do pagamento do Bolsa Família para auxiliar as famílias afetadas no Amazonas. De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, a Caixa Econômica Federal disponibilizará R$ 494 milhões para serem pagos a 656 mil famílias em todo o estado do Amazonas.

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