Um ataque israelense intensificou a já crítica situação humanitária no Líbano, num incidente que atingiu às proximidades do aeroporto internacional de Beirute. O ocorrido foi confirmado pela fonte do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Líbano.
O ataque, que ocorreu na madrugada de sexta-feira (horário local), impactou diretamente cerca de um milhão de pessoas e gerou um ritmo de deslocamento da população libanesa que excede os piores cenários. A infraestrutura civil tem sofrido muitos danos. O Coordenador Humanitário da ONU, Imran Riza, classificou a situação desde o dia 23 de Setembro, quando Israel aumentou drasticamente os bombardeios ao país, como catastrófica.
Esse incremento dos bombardeios instaurou um ambiente de muito medo e trauma na população. Segundo dados do governo libanês, mais de 500 pessoas foram mortas em apenas um dia.
Enquanto a situação deteriora, o governo brasileiro tomou medidas para a repatriação dos seus cidadãos do Líbano. Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores; José Múcio, Ministro da Defesa; e Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica, detalharam a operação em uma entrevista coletiva.
O primeiro voo de resgate parte nesta sexta-feira de Lisboa com destino a capital libanesa. A Força Aérea Brasileira pretende repatriar cerca de 500 pessoas por semana. Os idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas terão prioridade de embarque.
Com o panorama atual, as rotas dos voos de repatriação podem sofrer alterações, refletindo as mudanças constantes nas condições de segurança que oscilam no Líbano. O governo brasileiro está ativamente trabalhando na conclusão bem-sucedida desta missão de resgate, mesmo em meio ao cenário desafiador. Uma situação que, certamente, exigirá contínuo monitoramento de todos os fatores, pela gravidade e impacto humanitário que representa não apenas para o Líbano, mas para a comunidade global.