Em uma época que deveria marcar a celebração do Dia da Amazônia, todos os biomas do Brasil estão relatando um alarmante volume de incêndios. Nas últimas 24 horas, conforme os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nosso país teve destacados 2.758 focos de incêndio. Tragicamente, estes focos são uma representação do incontável número de frentes de fogo ativas.
A Amazônia ostenta o maior número de focos dentre os biomas, com um total de 1.558 casos identificados. Ela é seguida pelo Cerrado e seus 811 focos de incêndios, pela Caatinga com 188, pela Mata Atlântica com 168 focos, pelo Pantanal com 28 e pelo Pampa, que apesar de ser o bioma com menos ocorrências, ainda possui cinco focos.
Quando analisamos por região, o estado do Mato Grosso ocupa o topo da lista com 933 focos identificados, e logo atrás temos o estado do Pará, que tem em seu território 415 focos ativos.
A Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, lembrou a importância deste 5 de setembro, o Dia da Amazônia, ao declarar o compromisso do governo federal em combater a seca e os incêndios que atualmente assombram a região. A ministra salientou que para combater esta crise, é necessária uma forte colaboração de todos – governos, estados, municípios, academia, setor privado e toda a sociedade.
Infelizmente, a situação desoladora presente na Amazônia é corroborada pelos dados divulgados pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). Segundo o laboratório, mais de 7 milhões de hectares da floresta amazônica já caíram vítimas das chamas. Paralelamente, no Pantanal, 2,6 milhões de hectares – o equivalente a 17,76% do bioma – foram atingidos por incêndios. No Cerrado, mais de 142 mil hectares, correspondentes a 15,8% do bioma, foram consumidos pelo fogo.
Recentemente, como uma resposta à essa calamitosa situação, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República anunciou o deslocamento de cinco helicópteros adicionais para o combate aos incêndios. Além disso, várias aeronaves, embarcações e quase 1.000 profissionais do governo federal se desdobram no Pantanal, enquanto cerca de 1.500 brigadistas atuam na Amazônia.
Neste Dia da Amazônia, é fundamental que clamemos por ação imediata e coletiva. A situação preocupante dos incêndios brasileiros é um problema coletivo que exige uma resposta coletiva. A preservação dos biomas brasileiros é vital para todos nós – a hora de agir é agora.
