Paralimpíada de Paris 2024 foi palco para o nadador brasileiro Talisson Glock, conquistando de forma gloriosa o bicampeonato na prova de 400 metros livre da classe S6, que engloba competidores com limitações físico-motoras. Esta não foi sua única medalha na competição, mas a quarta do evento, reforçando o sucesso de sua participação.
A competição teve lugar na Arena La Défense em Paris, França, na sexta-feira (6). Glock, de Santa Catarina e com 29 anos, finalizou a prova com um tempo notável de 4min49s55, estabelecendo um novo recorde de velocidade nas Américas. Ainda nesse evento, o italiano Antonio Fantin ficou com a prata, com uma marca de 4min49s99, e o bronze ficou com o mexicano Jesus Alberto Gutierrez Bermudez, que finalizou a prova em 5min07s00.
Essa medalha de ouro se juntou a outras conquistas de Glock nestes Jogos Paralímpicos: uma medalha de prata nos 100 metros livre e dois bronzes – um na prova dos 200 metros medley SM6 e outro no revezamento misto 4×50 metros livre, totalizando 20 pontos. A emoção do atleta brasileiro era evidente. Saio daqui completamente realizado, uma [medalha] de cada cor: duas de bronze, uma de prata e uma de ouro agora. Tenho uma grande disputa com o italiano [Antonio Fantin], pois sempre estamos disputando lado a lado. Então saio daqui completamente realizado, compartilhou Glock.
Com esse grande desempenho, a contagem total de medalhas paralímpicas de Talisson Glock chega a nove, igualando o pernambucano Phelipe Rodrigues, que, antes da competição, era o atleta brasileiro com o maior número de pódios nesta edição. Rodrigues, que tinha oito medalhas, conquistou a nona, de prata, nos 50 metros livre.
Sobre menções honoráveis, a nadadora pernambucana Carol Santiago também surpreendeu e se destacou, deixando a capital francesa com um total de dez pódios paralímpicos, considerando sua participação em duas edições do evento (Tóquio 2020 e Paris 2024).
A trajetória de sucesso de Glock nos Jogos Paralímpicos é um exemplo inspirador de resiliência e dedicação ao esporte. Isso demonstra que as limitações físicas não são impedimento para conquistar grandes feitos e fazer história, como Talisson fez em Paris.